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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

5 EXPLORAÇÃO DO CURAUÁ NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM


Santarém, município do Estado do Pará, é uma cidade de grande importância para a economia da região. Apesar dos vários problemas que atualmente enfrenta, vem se desenvolvendo economicamente com novos empreendimentos que estão surgindo na região, como por exemplo, a implantação do porto graneleiro da Cargil e a expansão do turismo. Tudo isso é de fundamental importância para o crescimento econômico da região.
 A exploração racional do curauá começou na década de 20, quando chegou atingir 500 mil pés cultivados na fazenda Taperinha, região do Ituqui, no Município de Santarém. Nessa época não existiam plantações de curauá em grande escala. Seu cultivo era realizado por mini-produtores na região do Lago Grande do Curuai, principalmente nas comunidades de Diamantino, Bom Futuro, Boa Fé, Centrinho e Lontras, perfazendo um total de cerca de 15 hectares consorciados com a mandioca, plantio destinado à produção de fibra para confecção de cordas.
 Nesse período, entre os maiores produtores estava o agricultor Raimundo Aurélio, “com o curauá sustento toda minha família”, dizia ele orgulhoso, trabalhando ao lado da esposa e de mais dois filhos na confecção cordas.
 Popularmente chamada de "Pérola do Tapajós", Santarém é a principal cidade do Oeste Paraense, e a segunda mais importante do Estado do Pará. Originária da grande nação Indígena dos Tapajós fica às margens do rio de mesmo nome. Apresenta florestas, igapós, (matas inundadas), muitos lagos e igarapés, tudo a poucos minutos do centro. Na Vila de Alter-do-Chão, formam-se praias fluviais na época da vazante (de agosto a dezembro).
Um dos atrativos do local é o encontro dos rios Tapajós e Amazonas, que não se misturam. O espetáculo pode ser visto logo na entrada da cidade. De um lado, as águas azul-esverdeadas do Tapajós e, de outro, as águas barrentas do Amazonas.
 Em 22 de junho de 1661, Santarém foi fundada, de Aldeia do Tapajós, foi elevada à categoria de vila em 1758 e, logo, em seguida, à categoria de cidade em 1848, em razão do seu notável desenvolvimento.
 Atualmente Santarém conta com uma população estimada de aproximadamente 272.237 mil habitantes (IBGE, 2004). O município está inserido na microrregião do Médio Amazonas, localizado no Estado do Pará, no eixo das Zonas Francas de Manaus e de Macapá, possuindo uma área de 24.091 km², equivalente a 6,21% da região Oeste do Pará, que compreendendo os municípios de Alenquer, Almeirim, Aveiro, Belterra, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Medicilândia, Monte Alegre, Novo Progresso, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Placas, Rurópolis, Santarém, Terra Santa, Trairão e Uruará.
Por ser uma cidade com maior número de habitantes de todo o Oeste do Pará e estar localizada entre duas metrópoles – Belém e Manaus – Santarém tem uma posição geográfica estratégica, com infra-estrutura de comércio, indústria, serviços privados, centralização fiscal, fazendária, estadual e federal, aeroporto com estrutura de pouso e decolagem de aviões de porte internacional, porto com calado para grandes navios tanto de passageiros como de cargas, centralização bancária, 05 (cinco) instituições de ensino superior e outros segmentos públicos e privados, além dos negócios gerados pelos municípios vizinhos e que fazem parte do Oeste do Pará. Afora esses aspectos, situa-se na foz dos Rios Tapajós com o Rio Amazonas, passagem obrigatória de todos os tipos de transportes fluviais na rota Belém/ Manaus /Macapá e vice versa.
 Economicamente, Santarém passou por diversos ciclos extrativistas: ciclo das drogas do sertão, da borracha, da castanha do Pará, da juta, da pimenta-do-reino e do ouro do vale do Tapajós. Este último considerado como um dos mais importantes do ponto de vista social, uma vez que sua exploração favoreceu o crescimento de cidade como Itaituba e o aparecimento de outros municípios como Jacareacanga e Novo Progresso.
Hoje, a economia de Santarém se assenta na agropecuária, explorações extrativistas e no comércio, produção e exportação de grãos. As atividades extrativistas ainda são fundamentais para a economia do município, predominando a exploração madeireira e a pesca. Além das indústrias ligadas a estes setores, existem ainda em Santarém algumas outras, em sua maioria, de pequeno porte, como: torrefadoras de café, olarias, padarias, fábricas de gelo, de sabão, de refrigerantes, de confecções e outras.
 A agricultura teve grande impulso nos últimos anos, em especial a cultura de soja que, por conta da implantação do porto graneleiro da Cargil, é hoje uma realidade, adquirindo enorme importância na economia local.
 As indústrias de grãos e beneficiamentos de frutas tropicais, que vem diminuindo o grande desperdício de frutas produzidas na região, a expansão do turismo, tudo isso vem desenvolvendo economicamente a região, trazendo novas tecnologias e gerando empregos para a população.
 Hoje pode se verificar que a atividade de beneficiamento da fibra de curauá é promissora para a Região e, por extensão, para o Estado do Pará, sendo necessárias medidas políticas de incentivo para que se torne, na prática, um agronegócio lucrativo e gerador de riquezas em uma Região atualmente carente de oportunidades de negócios.

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